Não entendía nada do que lhe diziam, nada, toda aquela gritaria, cada vez mais alto, cada vez mais vozes a juntarem-se e nada lhe era perceptível.
Melhor ficar sossegada. Imóvel. Talvez se vão embora. Até desapareçam como por magia e até por esta ela se torne invisível e o ruído se aquiete.
Fica o cheiro. Um rasto de pólvora ou qualquer coisa idêntica a um cianeto que arde nas narinas e queima. Sempre. Até ao peito.
Cheiro da raiva dos homens.
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