ESPERANÇA

 

 
Sem condição de ver o que lhe diziam, a boca que proferia palavras tão alinhadas, logo ali e sem comando seu os outros sentidos se chegaram à frente para lhe dar a mão e desenharem o caminho salvo.
 
Os ouvidos ouviam, a saliva ajudava a entender o que lhe entrava de sons transformado em imagens, mas eram os cheiros de verde a bordejar o carreiro e o hálito seguro que mais o levava a direito.
 
Eram palavras de esperança como nunca lhes houvera sentido o perfume.