UM ANO DE ODORES


Até da pedra se extrai o encanto do perfume rugoso, das manchas licorosas que o tempo bafejou e lhe contou anos, do arredondado do cheiro que as mãos libertam na rocha trabalhada a noites e desenhos de outros castelos que se amontoam sem alicerces que não o sonho. Cheirar. Cheirar os sonhos, nada ver, apenas sabê-los a libertar o seu veneno...