Em Janeiro chegaram a vez das laranjas gordas, reboludas, de casca irregular como poros da pele, um circulo num dos polos, muito sumarentas e doces como mel.
Golpeou-a na metade, contou-lhe os gomos, doze disse, um cheiro por cada mês do ano, assim o perfume do tempo nunca te esquecerá, lembrarás das laranjas como sol que perfuma os dias longos e os dias pequenos, mesmo que seja noite e que o cinzento achumbe o céu. Serão doces recordações, sentires de infância que se imprimem até ao Janeiro da idade crescida.
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