ALFAZEMAS DO LEMBRAR

 



Impressões da memória, tipografias a roxo como marcas em brasas que deixam viva a carne ferida e depois o tempo sopra no alivio da dor, crosta que cria, rebordo que moldura, cheiro que lembra.
Não esqueci.
Eu não esqueci o cheiro da alfazema, nem mesmo quando esboroada de seca esquecida entre páginas de livros arrumados ou porque as mãos apertaram aromas picantes em verde e o ardor dos momentos evaporou o significado do dizer.
Eu digo que não esqueci.
Porque alfazemas sempre serão alfazemas a perfumar a minha memória.